O Agronegócio é um dos principais motores da economia brasileira, representando uma parcela significativa do PIB nacional e desempenhando um papel importante nas exportações do país. Além disso, com vastos recursos naturais, clima favorável e avanços tecnológicos, o Brasil consolidou-se como um dos maiores produtores e exportadores do agronegócio do mundo.
Neste texto, vamos acompanhar o desempenho do agronegócio brasileiro na exportação ao longo de 2024, bem como as tendências de mercado para o futuro.

Importância do Agronegócio para o Brasil
O setor agropecuário responde por aproximadamente 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, gerando milhões de empregos diretos e indiretos. Além disso, a produção de alimentos, fibras e biocombustíveis contribui para a segurança alimentar global e posiciona o país como um fornecedor estratégico no mercado internacional.
Ademais, além da contribuição econômica, o agronegócio é essencial para o desenvolvimento de diversas regiões do Brasil, impulsionando setores como logística, biotecnologia, máquinas e implementos agrícolas.
Principais setores do agronegócio brasileiro
Dentre os setores do agronegócio brasileiro, podemos considerar como principais:
Grãos e cereais
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de soja, milho, arroz e trigo. A soja, em particular, é o carro-chefe do setor, com exportações expressivas para a China e outros mercados.
Pecuária
O país lidera a produção e exportação de carne bovina, suína e de frango. A alta qualidade dos produtos brasileiros e os avanços em rastreabilidade e sanidade animal são diferenciais competitivos no mercado global.
Sucroenergético
A produção de cana-de-açúcar é um dos destaques do agronegócio brasileiro, sendo o Brasil o maior exportador de açúcar do mundo.
O setor também se destaca na produção de etanol, uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis.
Fruticultura
O Brasil é líder na produção de frutas tropicais como laranja, banana, manga e mamão, abastecendo tanto o mercado interno quanto o externo. O suco de laranja brasileiro domina as exportações globais.
Desempenho do agronegócio na exportação
Em 2024, o agronegócio brasileiro manteve-se como um dos pilares da economia nacional, registrando exportações totais de US$152,64 bilhões no acumulado de janeiro a novembro, o segundo melhor desempenho já registrado na série histórica.
Esses números representam 48,9% das exportações totais do país no período.
Quanto ao desempenho de cada setor, temos para o mesmo período:
- Complexo de soja = US$ 52,19 bilhões
- Carnes = 23,93 bilhões
- Complexo sucroalcooleiro = US$ 18,27 bilhões
E os horizontes do agronegócio brasileiro continuam expandindo. Dois grandes exemplos foram a exportação de café solúvel, que totalizou US$792 milhões no acumulado do mesmo período e a exportação de óleo essencial de laranja, que totalizou mais de US$365 milhões em exportações.
Fatores que impulsionam o agronegócio no Brasil
O agronegócio brasileiro é um dos pilares da economia do país, sendo impulsionado por diversos fatores que garantem sua competitividade no cenário internacional.
Alguns dos principais fatores que impulsionam o setor são:
- Extensa área territorial e clima favorável: o Brasil possui uma vasta extensão de terras aráveis e uma diversidade climática que permite o cultivo de diferentes culturas durante o ano todo, favorecendo a produção agrícola.
- Tecnologia e inovação: o uso de tecnologia avançada, como agricultura de precisão, drones, sensores, biotecnologia e melhoramento genético, tem aumentado a produtividade e a eficiência no campo.
- Crescimento da demanda global por alimentos: a crescente demanda por alimentos no mundo, especialmente em países asiáticos como China e Índia, impulsiona as exportações do agronegócio brasileiro.
- Diversificação da produção e exportação: além das commodities tradicionais, como soja, milho e carne, o Brasil têm expandido a sua produção para outros produtos também, como é o caso do café solúvel, ampliando sua participação no comércio exterior.
- Sustentabilidade: O Brasil tem adotado práticas de agricultura mais sustentáveis, como o plantio direto e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), visando aumentar a eficiência produtiva sem comprometer o meio ambiente, o que alinha-se às exigências dos mercados internacionais.
Esses fatores combinados fazem do agronegócio um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira, impulsionando o crescimento, a geração de empregos e a posição do Brasil como um dos maiores produtores e exportadores do agronegócio do mundo.
Desafios e tendências no agronegócio para exportação para 2025
Vamos colocar aqui alguns dos principais desafios e tendências para 2025 no que tange o agronegócio brasileiro:
Desafios climáticos
Os desafios climáticos representam uma das principais preocupações para o agronegócio brasileiro. A instabilidade do clima, agravada pelas mudanças climáticas, afeta diretamente a produção agrícola, trazendo incertezas para agricultores e exportadores. Além disso, eventos extremos, como secas prolongadas, chuvas intensas e ondas de calor, tornam-se cada vez mais frequentes, prejudicando safras e elevando os custos de produção. Em particular, a irregularidade das chuvas tem impacto, especialmente em culturas dependentes da chuva, como soja, milho e café.
A estiagem prolongada, por exemplo, pode comprometer o desenvolvimento das plantas, reduzindo a produtividade e qualidade dos grãos.
Por outro lado, períodos de chuva excessiva favorecem a erosão do solo, dificultam o plantio e a colheita. Assim, a elevação da temperatura média pode alterar os ciclos de crescimento das culturas, exigindo novas estratégias de manejo para minimizar perdas.
Acordos comerciais
O anúncio do acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul acabou gerando polêmicas quanto às exigências ambientais impostas pelo bloco europeu, como a rastreabilidade completa de cadeias produtivas e a redução do desmatamento. Além disso, a rastreabilidade visa garantir que os produtos agrícolas importados pela União Europeia não estejam associados a práticas ambientalmente prejudiciais. Para isso, essa medida exige a implementação de sistemas de monitoramento, desde a produção no campo até a exportação. No entanto, isso pode representar custos adicionais e maior complexidade para pequenos e médios produtores, que nem sempre dispõem da infraestrutura necessária para atender a esses requisitos.
Ademais, a redução do desmatamento como critério para o acesso ao mercado europeu coloca o Brasil diante de um dilema entre a expansão agrícola e a preservação ambiental. Enquanto grandes players do setor já adotam tecnologias avançadas, para garantir a conformidade com as regulamentações internacionais, uma parcela do agronegócio ainda precisa se adaptar às novas exigências.
Avanços tecnológicos
Os avanços tecnológicos estão impulsionando uma nova era no agronegócio brasileiro, tornando a produção mais eficiente, sustentável e competitiva no cenário internacional. Além disso, para 2025, a tecnologia continuará sendo um dos principais pilares de transformação no setor, com inovações que abrangem desde o uso da inteligência artificial e automação no campo até soluções voltadas para a sustentabilidade.
Em paralelo, a adoção de inteligência artificial e análise de dados ganhará ainda mais força, permitindo aos produtores tomarem decisões baseadas em informações precisas. Softwares avançados serão capazes de interpretar imagens de satélite, prever padrões climáticos e otimizar o uso de insumos como fertilizantes e defensivos agrícolas. Dessa forma, essa evolução contribui para a redução de desperdícios e aumento da produtividade.
Por outro lado, a automação no campo, por meio de máquinas autônomas e drones agrícolas, também será cada vez mais presente. Tratores inteligentes e colheitadeiras equipadas com sensores possibilitam operações mais precisas, enquanto drones monitoram plantações em tempo real, identificando pragas, doenças e áreas que necessitam de intervenção específica. Com isso, isso significa um uso mais racional dos recursos, redução de custos e maior eficiência operacional.
Enquanto isso, o uso de bioinsumos, como defensivos biológicos e fertilizantes naturais, crescerá, impulsionado pela busca por práticas agrícolas mais ecológicas e pela regulamentação de mercados internacionais cada vez mais exigentes.
Agricultura regenerativa e manejo sustentável
A agricultura regenerativa e o manejo sustentável estão ganhando cada vez mais espaço no agronegócio brasileiro e prometem ser uma das grandes tendências para 2025.
Diferente da agricultura convencional, a regenerativa envolve práticas que restauram a saúde do solo e aumentam a biodiversidade, que incluem:
- Rotação de culturas e plantio direto para preservar a fertilidade do solo;
- Uso de culturas de cobertura para proteger e nutrir o solo;
- Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) para melhorar a eficiência produtiva e reduzir impactos ambientais;
- Redução do uso de agroquímicos e aumento do uso de bioinsumos.
Já o manejo sustentável busca equilibrar produtividade e conservação ambiental. Algumas das principais práticas adotadas estão:
- Uso racional da água, com irrigação de precisão e reaproveitamento de recursos hídricos;
- Agricultura de baixo carbono, para reduzir emissões e aumentar a captura de CO2 pelo solo;
- Biotecnologia e melhoramento genético, que permitem cultivos mais resistentes a pragas e mudanças climáticas.
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